Especialistas analisam os impactos das políticas econômicas de Trump para o Brasil
O Brasil enfrenta desafios e oportunidades com as políticas de Trump, enquanto a inovação se torna essencial para o crescimento.


As recentes políticas econômicas de Donald Trump e seus efeitos para o Brasil foram temas centrais de um evento promovido pela Amcham, na Arena B3. Economistas e especialistas debateram os desafios e oportunidades diante desse novo cenário global, abordando também a crescente importância da inteligência artificial (IA) para o crescimento econômico.
Logo nos primeiros dias de governo, Trump reforçou sua postura protecionista ao adotar medidas que taxam importações nos Estados Unidos. Essa estratégia gera preocupação mundial, especialmente para economias dependentes do comércio exterior.
Segundo uma pesquisa da Amcham, divulgada durante o evento, 92% dos empresários brasileiros esperam crescimento das receitas em 2025, impulsionado pelo mercado interno e por estratégias de eficiência operacional. No entanto, desafios persistem: os juros elevados são apontados como o maior risco (77%), seguidos por desequilíbrio fiscal (64%), inflação alta (63%) e oscilações cambiais (59%).
No contexto internacional, fatores como a transição política nos EUA (60%), disputas geopolíticas (58%) e o crescimento do protecionismo (48%) são vistos como ameaças ao Brasil. Para Ana Paula Vescovi, economista-chefe do Santander, “a pressão inflacionária nos EUA pode elevar os juros, afetando toda a economia global”. No entanto, ela acredita que Trump precisará modular suas medidas para evitar impactos negativos no crescimento norte-americano.
Fernando Honorato Barbosa, economista-chefe do Bradesco, ressaltou que o Brasil não é o principal alvo das tarifas americanas, pois seu saldo comercial com os EUA é relativamente pequeno. Segundo ele, “o foco de Trump está mais voltado para México, Canadá e China”. No entanto, alertou para os riscos de uma maior fragmentação do comércio global, o que pode impactar consumidores e economias emergentes.
Outro ponto central do evento foi a importância da inteligência artificial como diferencial competitivo. Priscyla Laham, presidente da Microsoft Brasil, destacou que a IA pode impulsionar a produtividade, mas é essencial investir na capacitação da força de trabalho. “Se não capacitarmos os profissionais, perderemos oportunidades de crescimento”, alertou.
No setor agropecuário, Fernanda Hoe, diretora geral da Elanco Brasil, reforçou que a adoção de novas tecnologias deve ser estratégica. “Os produtores precisam avaliar o retorno sobre o investimento para garantir que a inovação realmente gere ganhos”, pontuou.
Diante desse cenário, especialistas reforçam que o Brasil deve manter um olhar atento às políticas americanas, ao mesmo tempo em que investe em inovação e estratégias de crescimento para fortalecer sua economia.
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